14 julho 2014

Sporting obrigado a vender para compensar gastos

O Sporting terá obrigatoriamente de vender os direitos económicos de ativos que constam no seu quadro de jogadores profissionais, de modo a compensar grande parte do investimento de 7,65 milhões de euros efetuado até ao momento no reforço do plantel que estará à disposição de Marco Silva. Segundo o jornal O Jogo, o encaixe não tem de ser necessariamente efetuado no presente mercado de transferências, dado que é possível suster a necessidade do mesmo até à reabertura do mercado em janeiro próximo, fruto de a forma de pagamento dos jogadores ser, na sua maioria, faseada em vários meses.
De acordo com dados recolhidos por esse diário, a compensação a contabilizar deve enquadrar não apenas o valor da transferência do atleta como o vencimento do mesmo, dado que é esse o impacto considerado nas contas da sociedade. Assim, retirando parte do valor que foi pago pelo Sporting ao Vitória de Guimarães ainda no último exercício, que terminou a 30 de junho, concretamente cerca de 1,2 milhões de euros, a SAD contabiliza neste momento perto de 6,45 milhões de euros gastos em Slavchev, Oriol Rosell, André Geraldes, Tanaka e Ryan Gauld, e pode gastar quase o dobro desse montante na condição de compensar com a saída de atletas que representem receitas em idêntico montante, já depois de retirados os direitos de terceiros com percentagens dos direitos económicos dos atletas. É que até ao momento, além de contabilizar as seis entradas provenientes de negociações com terceiros – não sendo considerados os jogadores que regressaram após cedência por empréstimo, caso do médio João Mário –, o plantel principal dos leões perdeu apenas Welder, Piris e Gerson Magrão, sem qualquer proveito financeiro a registar, e provisoriamente incorporou atletas que entram nos encargos da sociedade depois de cedências, casos de Miguel Lopes, Rinaudo, Diogo Salomão e Viola.
O presidente Bruno de Carvalho, na passada sexta-feira, na inauguração da loja verde asseverou que “não há saídas inevitáveis”, naquela que foi uma mensagem clara, sobretudo, para o mercado e principais emblemas que têm vindo a assediar alguns dos jogadores de maior cartel, casos de Marcos Rojo, William Carvalho ou Islam Slimani. Bruno de Carvalho, ao transmitir uma imagem de força negocial, mostra claramente que fará valer as suas prerrogativas na negociação dos direitos económicos. Daí que, por exemplo, não abdique de um encaixe de cinco milhões de euros por 25% dos direitos económicos de Rojo.

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